Fui um intelectual e revolucionário alemão, fundei a doutrina comunista moderna, atuei como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista e fui o mais revolucionário pensador sociológico Eu também defendi o comunismo, pois essa seria a fase final da sociedade humana, alcançada somente a partir de uma revolução proletária, acredito na ideia utópica de uma sociedade igualitária ou socialista.

Classes Sociais

Para mim, a  história humana é determinada pelas contradições nos modos de produção situados em uma formação social (ela própria dominada por um modo de produção) implicam a dominação de uma classe social por outra, acabando por instituir a luta de classes (burguesia x operários – no caso do capitalismo).Enquanto a sociedade não teve propriedade privada não existiam classes sociais determinadas. A partir do momento em que a sociedade passou a entender que a produção social era de direito de pessoas ou de famílias isoladamente, a propriedade privada estava instaurada.Na industrialização, a propriedade privada e o assalariamento, separam o trabalhador do fruto do seu trabalho que foi apropriado pelo capitalista.Na minha visão, o modo de produção capitalista, enquanto se reproduz em proporções cada vez maiores, reproduz também em idênticas proporções e em número crescente a classe dos operários privados de propriedade. A acumulação do capital não faz mais do que reproduzir esta relação (dominação/exploração) numa escala igualmente progressiva: com mais concentração de renda por um lado, e, com mais assalariados por outro. Acumulação do capital é ao mesmo tempo aumento do proletariado e da exploração do trabalhador assalariado.É esta a lei absoluta e geral da acumulação capitalista. Só a produção capitalista, hoje com toda tecnologia, cria as riquezas e as forças produtivas necessárias para tal, criando ao mesmo tempo, com a massa dos operários oprimidos, a classe social que cada vez mais é obrigada a reivindicar a utilização dessas riquezas e dessas forças produtivas em favor de toda a sociedade e não em favor de uma classe monopolista.Então, a minha opinião é que a história do homem é a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos, embora esse conflito nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada.Mas, a luta na sociedade capitalista foi muito clara, pois jamais a dominação e a exploração humana foram tão evidentes, mesmo havendo uma pequena parcela de burgueses em relação aos operários.

Eu sou totalmente contra o capitalismo, ele é o principal responsável pela desorientação humana. Acho que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que é o maior responsável pelas crises que estão cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais. 

Principais Obras

Eu, junto com meu amigo Friedrich Engels, fundamos o marxismo – também conhecido como socialismo científico. Juntos, analisamos a sociedade capitalista a fundo, refletindo sobre as instituições que a regulavam e as relações humanas, para chegar a um conjunto de idéias que serviriam de base para a teoria marxista.

Fomos autores de muitas obras nas quais defendemos nossas idéias. As principais delas são o Manifesto Comunista e O Capital (livros um, dois, três e quatro).

Escrevemos em 1848. A obra critica a propriedade privada e o modo de produção capitalista – que privilegia os detentores dos meios de produção – e a forma como a sociedade acabou se estruturando em função disso. O Manifesto também busca demonstrar que o proletariado pode organizar-se para reverter essa situação, na chamada luta de classes.

O Capital é um conjunto de livros que escrevi anos depois e somente o primeiro foi publicado enquanto eu era vivo. Esta obra é considerada um marco do pensamento marxista, pois expõe conceitos econômicos complexos como o da mais-valia, dos diferentes tipos de capitais e da produção capitalista como um todo.